PROTEÇÃO QUEIMADURA EM ARCO ELETRICO [EBT ATPV ELIM]
PROTEÇÃO QUEIMADURA EM ARCO ELETRICO [EBT ATPV ELIM]

PROTEÇÃO QUEIMADURA EM ARCO ELETRICO [EBT ATPV ELIM]

Entenda os valores de proteção contra energia incidente das vestimentas.

Você pode sofrer queimaduras de 2° grau mesmo usando uma vestimenta AR com ATPV maior que o valor de energia calculado?

A vestimenta especificadas com base no ATPV tem probabilidade de 50% de queimaduras.

Classificações da vestimenta resistência ao arco elétrico?

Valor da Resistência ao Arco Elétrico em Tecidos de Proteção Térmica:

  • EBT, ou Energy Breakopen Threshold, é uma classificação de resistência ao arco elétrico que se expressa em calorias por centímetro quadrado (cal/cm²). O EBT indica a probabilidade de 50% de um material se romper, sendo que a ruptura é definida como qualquer área aberta de pelo menos 1,6 cm². Ou seja, quando o material (tecidos) sofre uma destruição! Este não é usualmente em normas para vestimenta.
  • ATPV (Arc Thermal Performance Value) é uma classificação de resistência ao arco elétrico (valor de desempenho térmico do Arco Elétrico), como sendo a energia incidente em um tecido que resulta em uma probabilidade de 50% de transferência de calor suficiente através da amostra que poderá causar queimadura de segundo grau com base na curva de Stoll em unidades de cal / cm². Ou seja, existe a chance de 50% da pessoa sofrer queimaduras de segundo grau!
  • ELIM – (Limite da Energia Incidente (tradução livre)) é uma nova classificação, como sendo a energia incidente! ELIM é determinar a classificação do Arco Elétrico de tecidos com a probabilidade “zero” de queimadura de segundo grau. Esta resolução dependia da publicação da revisão da norma IEC 61482-1-1, referente aos ensaios e cálculos do ELIM que foi concluída e já está em vigor no mercado Europeu. O EBT é um indicador de que o tecido não sofreu queimaduras, superaquecimento ou tem um pequeno furo. Geralmente, os materiais com EBT são mais isolantes do que fortes. 

Não há relação matemática ou mesmo do tecido entre o ELIM e ATPV. O único ponto é que o ELIM será sempre menor que o ATPV, pois isso se baseia na probabilidade de não queima do tecido.

Um mesmo tecido poderá, no futuro, apresentar valores de ATPV e ELIM.

É importante ressaltar que a Norma NFPA 70E que é uma norma norte-americana ainda é referência de muitas empresas no Brasil, não contempla o valor do ELIM.

É claro que é melhor especificar uma vestimenta pelo seu valor ELIM, onde o risco de queimadura é “zero”. Isso implicaria em uso de vestimenta de risco mais elevado, consequência menos confortável para trabalho!

O cálculo da energia incidente é feito com base em parâmetros como: Diagrama unifilar da instalação elétrica, Tensão de alimentação, Correntes de curto circuito, Tempo de atuação da proteção das instalações elétricas, Posição do trabalhador no acidente. 

Nenhum risco é passível de prevenção se não for conhecido. Assim, o primeiro passo para que os acidentes sejam evitados é o conhecimento detalhado das atividades que serão desenvolvidas, tecnologias envolvidas e os ambientes onde ocorrerão. Por isso, os estudos de proteção e determinação da energia incidente é necessária.

O valor ATPV é dado por um intervalo, pois a vestimenta tem a capacidade de suportar uma faixa de valores de energia incidente. Os trabalhadores podem escolher o EPI com um valor de desempenho térmico do arco (ATPV) que atenda ou exceda a energia incidente disponível.

Escolha da vestimenta:

Vale ressaltar que uma analise deve ser feita por profissional habilitado experiente. Mas, é fundamental adquirir vestimenta com tecido de fabricantes confeccionistas que possuem reputação e confiança, visto que a qualidade da proteção de seus produtos é comprovada no mercado. As reputações da marca também ajudam você a saber exatamente o que está especificando. Nem todos os tecidos ou materiais antichama, como as fibras “88/12”, são iguais. Existem diferenças significativas no desempenho de tecidos semelhantes com fibras semelhantes.

Desconfie de preço baixo! No mercado existe ainda, tecidos ruins mesmo com C.A., vestimenta com a frente com tecido retardante, mas as costas com tecido comum e ainda, a falsificação de tecido!

CONCLUSÃO:

A proteção eficaz das vestimentas antichama depende de compreender os riscos específicos do ambiente de trabalho e conhecer a qualidade e a confiabilidade dos tecidos e dos fabricantes. Para desenvolver um programa de vestimentas antichama confiável, é essencial investigar os riscos ambientais, avaliar as opções de tecidos disponíveis, compreender seu desempenho por meio de testes rigorosos e optar por marcas renomadas. Dessa forma, é possível garantir uma proteção que vai além do simples cumprimento do valor do ATPV.

Desejo sucesso no desenvolvimento do seu programa de vestimentas antichama!

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